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Capítulo 11 - o filho secreto do bilionário

O filho secreto do bilionário
O filho secreto do bilionário

Capítulo 11


Dominique comemorava o fato de Antonela ter aceitado trabalhar com Benjamim, mas ela continuava sem grandes motivos para sorrir. Ainda febril e com dores no corpo, se via obrigada a trabalhar com o homem que ela detestava apenas para garantir um futuro digno para Adam. 



— É uma pena que o Benjamim vá se casar com aquela megera da sua irmã – ela bebia um copo de vinho sentada em frente a lareira, mas o álcool começava a causar efeito – hoje mesmo é a festa de noivado deles e eu nem fui convidada. 


— Festa de noivado? – Antonela se levantou, irritada – tem dois dias apenas que minha mãe morreu e eles vão promover uma festa? 


— Não seja exagerada, Antonela – Dominique desdenhou a dor dela, embora essa não fosse sua verdadeira intenção – esse noivado estava marcado antes de a sua mãe morrer. 


— Deveriam então ter cancelado – ela se apressou, atravessando o corredor e indo até o quarto. Voltou de lá com um cassaco, dizendo em seguida – mas isso não ficará assim, ela não vai desrespeitar a memória da minha mãe. 


— O que diabos pensa que vai fazer? 


Ao perceber o que Antonela estava prestes a fazer, Dominique tentou intervir, em vão. 


— Vou impedir que essa palhaçada aconteça – se esgueirou até a cozinha e pegou as chaves do carro de Dominique – onde é essa festa? 


Dominique temeu dizer a ela a verdade, mas sabia que, mesmo escondendo, Antonela conseguiria percorrer cada quarteirão até descobrir onde Benjamim e Alessia estavam. 


— Na casa do seu pai. 


Ela arregalou os olhos quando inevitavelmente o furor a dominava. Ela olhou para Adam, que dormia tranquilamente no sofá ao lado de Carmélia e partiu sem qualquer intervenção de Dominique.  


Ela dirigia tão rapidamente pela cidade que poderia causar um acidente facilmente. Quando estacionou em frente a sua antiga casa não permitiu que a nostalgia do lugar a paralisasse, ninguém a impediria de ir até o local e acabar com aquela festa. Forçou a maçaneta, mas a porta estava fechada. Antonela escutava risos vindo de dentro da casa e uma música rolava logo em seguida. Seu sangue ferveu. Aquilo era uma afronta a memória de sua mãe. 


Bateu na porta e não importava quem atendesse, ela enfrentaria qualquer um que se opusesse a ela. 


Seus olhos se encontraram com Benjamim e ela quase paralisou. De todas as pessoas que ela imaginou que abriria aquela porta, nenhum era Benjamim. Afinal ele era um bilionário e bilionários não abriam portas para ninguém. 


Ela precisou de alguns segundos para se recompor e se lembrar dos motivos que a levaram até ali. Imediatamente seus olhos recaíram sobre um retrato de Francesca que sempre ficava logo na entrada da casa. Antonela quis chorar. Sua amada mãe já não estava mais ali, e pela animação das pessoas presentes também não fazia mais falta. 


Ela entrou na casa, esbarrando em Benjamim. Percebendo o que estava prestes a acontecer, ele a agarrou pela cintura com a esperança de tirá-la dali antes que Henrico ou Alessia pudessem vê-la, mas já era tarde demais.


 


— O que essa mulher faz na minha casa? 



Henrico mostrou-lhe os dentes como um cão raivoso. A mágoa que sentia de Antonela era tão profunda que era inevitável não se manifestar. Quando 

Benjamim se colocou entre eles dois, acreditou que poderia resolver aquele problema. Perceberia tarde demais que não poderia.


— Por favor, Henrico – ele colocou as mãos em frente ao corpo para impedir qualquer aproximação dele – a Antonela está aqui por minha causa. Eu pedi para ela vir. 


Os olhos de Alessia se arregalaram. Sentia-se traída por Benjamim por convidar a irmã para o seu noivado. De repente, o rosto de Alessia se transformou. Ela estava transtornada. 


— Eu não preciso que me defenda – ela tentou passar por ele, mas Benjamim a impediu – o que o Benjamim está dizendo é uma grande mentira, ninguém me convidou. Estou aqui para acabar com essa festa ridícula. 


— Como ousa, Antonela? – Alessia apareceu em cena furiosa, estava pronta para atacar a irmã e envergonhá-la na frente de todos – primeiro, mata a mamãe de desgosto e agora aparece para destruir a minha vida? 


As palavras de Alessia foram como uma faca cravada no peito de Antonela. Ela havia suportado as ofensas da irmã mais nova durante muito tempo, mas isso havia acabado ali. Antonela avançou na direção de Alessia, levantando o braço e batendo com força em seu rosto. 


As pessoas presentes na casa pareciam horrorizadas com o que viam, mas ninguém ousou interferir, nem mesmo impedir Henrico de devolver o tapa no rosto de Antonela. 


— Saia imediatamente da minha casa, Antonela – Benjamim foi obrigado a segurá-lo, abandonando Alessia caída no chão – você perdeu o direito de fazer parte dessa família quando nos abandonou. 


— E por isso vocês estão fazendo uma festa? – o rosto dela vermelho e a dor latejante que se alastrava por cada poro do seu corpo não a impediu de prosseguir – a minha mãe que acabou de ser enterrada não está aqui para ver o homem que me abandonou no altar se casando com a minha irmã com o consentimento do meu pai. Você deveria ter vergonha de festejar em cima da morte dela. 


— Você a matou – Henrico gritou na mesma proporção que o choro de Alessia se intensificou. 


— Fui embora por sua causa, pai – ela colocou para fora tudo o que prendia por todos aqueles anos, enquanto as lágrimas escorriam – você me humilhava constantemente e me obrigada a sustentar a família. Quem suportaria ter um pai igual a você? 


Ela não viu o momento em que Benjamim arrastou Henrico para longe. Se ele ficasse mais um segundo ali, certamente cometeria uma loucura. Alessia se levantou disposta a enfrentar Antonela pela segunda vez, mas sabia que não tinha forças para vencê-la.  


— O que você quer? Se vingar de mim por estar casando com o homem que te abandonou no altar? 


— Quero que respeitem a morte da minha mãe e acabem com essa festa ridícula – ela olhou nos olhos de Alessia, sabendo que não era mais a mesma moça ingênua que havia conhecido um dia – afinal, você e o Benjamim formam um belo casal. Foram feitos um para o outro. 


— Você acha que a mamãe não sabia? – Antonela se assustou com as palavras – ela queria que esse momento chegasse Antonela. O maior sonho dela era me ver casada com o Benjamim. 


Alessia queria apenas destruir a boa lembrança que Antonela tinha da mãe. E estava alcançando o objetivo.


— Ela perdoou o Benjamim por abandonar você no altar, mas ela morreu sem conseguir perdoá-la por tê-la abandonado – as palavras perfuraram o seu coração – você foi a maior decepção que a mamãe já teve e, se ela estivesse viva, seria a primeira a te expulsar desse lugar. 


As palavras de Alessia paralisaram Antonela completamente e ela ficou assim por longos segundos. Quando percebeu haver sido um erro ter ido até ali, se preparou para partir como uma derrotada. Todos olhavam para ela com reprovação e, ainda que tentasse segurar as lágrimas, ela não conseguiu. Girou os calcanhares rapidamente e saiu em passos largos da casa que um dia chamou de lar.  


Quando pensou que tudo ficaria bem, Alessia observou Benjamim se apressar na direção da porta e se virar para olhar nos olhos dela e dizer o que ela detestou ouvir. 


— A festa de noivado está cancelada – não havia arrependimento no tom de voz dele. 


Então ele mencionou sair, quando Alessia o agarrou pelo braço em desespero. 


— O que você está fazendo, Benjamim? – Ela queria convencê-lo a retroceder – para onde está indo? 


— A Antonela precisa de mim – as palavras rasgaram o coração de Alessia – por favor, Alessia, não insista. A festa acabou. 


Ela ficou paralisada como se os seus pés estivessem grudados no chão, impedindo-a de se mover, enquanto ela via seu noivo correr desesperado atrás da sua irmã. Antonela conseguiu estragar a noite mais importante de toda a sua vida e Alessia jamais a perdoaria por isso.



Continue lendo o filho secreto do bilionário.



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