Capítulo 15 - o filho secreto do bilionário
- Erica Christieh

- 17 de jul.
- 5 min de leitura

Uma dor insuportável invadiu a cabeça de Antonela. Sua testa estava manchada de sangue, enquanto Dominique pressionava um guardanapo para estancar o sangue.
— Vamos para o hospital – ela segurou pelo braço de Antonela na intenção de levá-la para cuidados médicos, mas Antonela estava irredutível.
— Você está pedindo para perder esse emprego, Dominique – obrigou-a a parar e olhar em seus olhos – você precisa se preocupar em convencer o seu chefe a desistir dessa ideia maluca de saber onde moramos.
Dominique revirou os olhos e sentiu que perderia a paciência com a teimosia de Antonela.
— Você acredita que alguém pode convencer o Benjamim a alguma coisa? – Ela soltou um sorriso que deixou Antonela confusa – aquele homem é autoritário e consegue tudo o que quer. O que posso fazer é voltar para minha antiga casa e convencê-lo de que nós duas estamos morando juntas.
— E o que faço com o Adam? – Antonela sussurrou, enquanto se certificava de que Benjamim não estava por perto para ouvi-la dizer aquelas coisas.
— O Adam fica na fazenda com minha mãe – Dominique disse – ou você tem uma ideia melhor para escaparmos dessa confusão?
A cabeça latejando impedia-a de raciocinar. Não havia outra saída, mas Antonela não gostava da ideia de ficar longe de Adam nem por um segundo. Ela sabia precisarem conversar melhor sobre aquilo para que nada saísse errado.
Foi quando Antonela sentiu uma ardência no couro cabeludo e seu corpo foi projetado para trás em um puxão. Como os olhos fechados, ela não conseguiu ver quem era, mas sentiu as mãos de Dominique a segurando para que ela não caísse.
— O que você acha que está fazendo, Alessia? – a voz raivosa de Dominique ecoou por todo o saguão e, quando Antonela abriu finalmente os olhos, entendeu de onde havia vindo a agressão que ela acabará de sofrer.
Precisou se esforçar para impedir que Dominique perdesse o emprego, ela estava ao ponto de cumprir sua promessa e dar uma boa lição em Alessia.
— Pare imediatamente com isso – ela tentou entrar no meio das duas, mas foi impedida – por favor, Dominique, não faça nada que prejudique o seu emprego.
— Eu não me importo com esse emprego – ela insistiu – desde que essa menina mimada pague pelo mal que vem fazendo a você.
— Não deveria se meter comigo, Dominique – Alessia tinha os punhos fechados e o semblante contorcido em fúria – afinal, eu me casarei com o Benjamim e serei dona de tudo isso.
Dominique não conseguiu segurar o riso e aquilo fez a fúria de Alessia se alastrar como fogo em palha.
— Do que você está rindo, sua imbecil? – o rosto dela estava vermelho em ponto de ebulição.
— Você é tão ingênua em achar que vai se casar com o Benjamim.
O riso se intensificou e Alessia partiu para cima de Dominique, quando Benjamim apareceu. Ele segurou Alessia com força e a empurrou para longe, se colocando no meio das duas mulheres. Sua respiração cansada e ofegante exalava sua fúria. Antonela ficou observando-o parado ao seu lado e seu poder a fez admirar ele.
Como aquele homem era bonito, até mesmo quando estava contrariado.
O olhar dele se chocou com o dela e ele caminhou em sua direção, segurando seu rosto e olhando com atenção para o ferimento em sua testa.
— Vou levá-la ao hospital – ele disse.
— Mas eu… – ele virou as costas, puxando pelo seu braço e a trazendo para mais perto. Antonela não conseguiria completar a frase nem se quisesse. Benjamim parecia disposto a fazer tudo o que queria.
Ele voltou a parar em frente à Alessia, que parecia transtornada com a cena que via. Os dedos de Benjamim deslizaram pelo braço de Antonela até repousarem em suas mãos. Ele a segurou com firmeza e aquilo causou arrepios involuntários no corpo de Antonela.
— Eu não tolero esse tipo de comportamento na minha empresa – a voz alta e poderosa dele fez as mulheres se encolherem – volte para casa, Alessia, conversaremos depois.
O olhar dela recaiu sobre a mão dele, que segurava carinhosamente a de Antonela. Correu para agarrá-lo, mas Benjamim a afastou sem soltar a mão de Antonela.
— Me perdoe, meu amor, mas a Dominique disse coisas horríveis a mim e depois me agrediu – forçou um choro, deixando toda a cena dramática – eu apenas me defendi.
— Isso é mentira, senhor – Dominique elevou a voz, quando Benjamim lançou a ela um olhar gélido, mas Dominique não se importou – ela agrediu Antonela e eu apenas a defendi.
Antonela abaixou a cabeça quando Benjamim olhou para ela e esperou pacientemente que ela lhe contasse a verdade. Era como se ele acreditasse apenas nela. Tentou soltar sua mão do domínio dele, mas Benjamim a apertou, forçando-a a olhar em seus olhos.
— Diga-me a verdade, Antonela – ela engoliu em seco e depois olhou para Dominique.
Suas palavras determinariam seu destino. Ela não permitirá que a melhor amiga perdesse aquele emprego pelos caprichos de Alessia.
— Tudo o que a Dominique disse é verdade – disse, sentindo o olhar quente de Alessia sobre ela – Alessia me agrediu e Dominique apenas me defendeu.
Alessia decidiu continuar com a farsa, enquanto pacificava os ânimos de Benjamim, mas quando percebeu que ele havia acreditado nas palavras de sua irmã, a máscara se desfez.
— Por que acredita mais nela do que em mim? – era uma garota mimada, dando birra na frente de todos sem nenhum constrangimento – eu sou a sua noiva, Benjamim.
— Não precisa me lembrar disso – ele puxou Antonela e, ainda contra a vontade dela, caminhou a arrastando para fora – volte para casa antes que eu me arrependa desse casamento.
Ele abriu a porta do carro e obrigou Antonela a entrar. Quando deu a volta no carro e entrou, percebeu que Alessia corria na direção do carro. Benjamim a ignorou, ligando o veículo e deixando a mulher desesperada para trás.
— O que você está fazendo? – Antonela sentia o coração disparar no peito.
— Estou te levando para o hospital – ele concluiu – ao menos me deixe cuidar de você dessa vez, Antonela.
Antonela olhou para ele sem acreditar no que ouvia. Sentiu um nó apertando sua garganta e se questionou o porquê de Benjamim fazer aquilo.
— Está tentando se desculpar pelo estrago que causou em minha vida?
— Talvez – ele não olhava em nenhum momento nos olhos dela – mas esse momento ainda vai chegar. Apenas me diga onde está morando e te levarei para casa depois.
O sangue de Antonela congelou em suas veias. Ela não podia dizer a ele onde estava. Benjamim não podia saber da existência de Adam.
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