Capítulo 26 - o filho secreto do bilionário
- Erica Christieh

- 17 de jul.
- 5 min de leitura
Atualizado: 27 de nov.

Benjamim ficou com o telefone nas mãos enquanto seu sangue borbulhava nas veias. Como Antonela ousava encerrar a ligação sem deixar ele terminar de falar. Aquela mulher estava deixando-o louco.
Sem hesitar, Ele caminhou apressado, assim que viu Dante entrar pela porta despreocupado, como se nada estivesse acontecendo. Ele sabia que precisava moderar em suas palavras, afinal ele era o governador do estado e Benjamim estava próximo de fechar com ele um negócio que seria bom para todos.
Ele se aproximou sorrindo como uma víbora pronta para dar o bote e lhe perguntou.
— Procurei a Antonela por todos os lugares dessa casa – ele passou os olhos pelo lugar – e me disseram que ela saiu com o senhor. O que aconteceu, Dante?
Dante olhou para ele um pouco confuso, afinal não saberia explicar os motivos que fizeram Antonela sair repentinamente.
— Ela saiu apressada pela porta dizendo precisar ir embora – ele disse e uma ruga de preocupação se formou na testa de Benjamim – mas desconheço os motivos. Eu apenas a levei até em casa e partir, sem exigir nenhuma explicação.
Benjamim não gostou de ouvir aquilo, afinal Antonela vinha escondendo sua localização desde o dia em que começou a trabalhar para ele. Sentiu-se traído, por ela permitir que Dante soubesse onde ela morava, enquanto ele precisava exigir tais informações.
— Você poderia me dizer onde é a casa dela, para que eu possa ir até lá ver se está tudo bem?
Benjamim mal percebeu as palavras que havia dito e Dante projetou um sorriso discreto em seus lábios. O governador lembrou-se então da promessa que havia feito para Antonela de não contar seu endereço para ninguém. Ele não estava disposto a trair aquela bela jovem, que acabara de conhecer.
— Eu a deixei em uma parada, nem me lembro onde – fingiu desentendimento, o que irritou Benjamim – me desculpe benjamim, mas eu não tenho essa informação.
Deu um leve tapa em seu ombro e se afastou. Enquanto Benjamim era consumido pela ideia de que todo o traia, Dante o virou-se e lembrou de seus compromissos.
— Devemos começar logo a reunião – Benjamim girou o pescoço, aguçando os ouvidos para ouvi-lo sem olhar para ele – preciso voltar a capital ainda hoje.
Benjamim olhou no relógio. Antonela causou um atraso de mais de uma hora, devido ao seu temperamento difícil. Quando ele se lembrava dele seu sangue fervia. Viu Henrico do outro lado da sala e caminhou até ele.
Parecia até uma obsessão aquela ideia louca de saber onde Antonela está.
— Saber onde a Antonela está morando? – Henrico arregalou os olhos para ele e bebeu um longo gole do vinho.
— Você é o patrão dela, deveria saber – disse, limpando a boca com as mãos - sobre aquela mulher, eu não aspiro saber nada.
Se preparou para sair e encerrar a conversa de uma vez por todas, mas Benjamim agarrou seu braço, já consternado com a situação e disse a ele com reprovação.
— Aquela mulher é sua filha, Henrico – havia indignação em sua voz - não deveria agir como se ela fosse uma estranha.
— Você não sabe o que está dizendo – o obrigou a soltá-lo lançando a ele sua irritação – acha que eu não sei que você fez isso de proposito, trazendo a Antonela até aqui para que nos encontrássemos?
Henrico era um velho astuto, sabia quando caia em uma armadilha, mas naquele caso ele estava completamente enganado, benjamim levou Antonela até sua casa apenas com a intenção de ficar mais próxima dela, embora ele jamais admitisse tal coisa.
— Está enganado – ele desviou o olhar e voltou a observar as horas no relógio - preciso realizar a reunião.
— Porque não convidou a Alessia? – a pergunta o fez parar imediatamente e soltar o ar com pungência.
— Eu continuo pensando se devo me casar ou não com a sua filha.
Ao ouvir tais palavras Henrico perdeu completamente a cor que tinha no rosto. Sentia como se sua pressão tivesse despencado.
— Você não pode estar falando sério – ele gaguejou – está querendo desistir do nosso acordo só pela Antonela? Terei uma conversa com ela.
— A Antonela não tem nada a ver com isso – apontou o dedo para ele como se quisesse impedi-lo de cometer qualquer loucura – Alessia mentiu para mim, como posso continuar confiando nela depois disso?
— Não se faça de inocente, Benjamim – Henrico ironizou – se você desistiu do nosso acordo, eu farei a Antonela desaparecer dessa cidade e você nunca mais verá ela na sua vida.
Agora o sangue parava de circular lentamente pelo seu corpo. Benjamim achava que Henrico não conseguisse piorar as coisas com Antonela, mas ouvindo-o dizer essas palavras, teve certeza de que ele odiava a própria filha.
Depois de algum tempo pensando sobre isso, ele olhou para Henrico e sorriu.
— Ainda bem que a Francesca não está mais aqui para ouvi-lo dizer isso da sua própria filha – ele fez uma pequena pausa, pensando no que dia a seguir – você diz que a Antonela matou a mãe dela de desgosto só para não assumi que foi você quem fez isso.
Ele girou os calcanhares e se apressou para sair de perto dele. Henrico abriu a boca, mas foi como se a voz falhasse e ele não conseguisse pronunciar nada. Seu rosto tornou-se vermelho de ódio. Quem Benjamim pensava ser para dizer a ele a verdade?
Benjamim precisou se esforçar para realizar aquela reunião. O que ele realmente queria era procurar Antonela e trazê-la de volta, nem que fosse amarrada.
No dia seguinte, antes dos primeiros raios de sol atravessarem o céu, ele se levantou. Se arrumou rapidamente e dirigiu até a empresa. Ele chegou primeiro até que o porteiro do prédio. Sentou-se em sua cadeira giratória e ficou olhando para os contratos que havia assinado na noite anterior.
Tudo havia ocorrido bem e Benjamim havia fechado acordo multimilionário.
Ao ouvir vozes do lado de fora, levantou-se e saiu. O primeiro rosto que viu foi o de Antonela, que arrumava suas coisas para partir. Ele se aproximou lentamente dela, enquanto Antonela ignorava completamente sua presença.
— O que você acha que está fazendo?
Ela colocou seus objetos na caixa e, de cabeça baixa, lhe respondeu.
— Eu fui demitida – nesse momento, seu olhar se levantou, encontrando-se com o dele – ou o senhor se esqueceu?
Benjamim pegou imediatamente a caixa e a virou sobre a mesa de Antonela, jogando todos os seus pertences de volta, fazendo-os cair ao chão.
— Você só vai embora daqui quando eu disser – largou a caixa sobre o chão enquanto encontrava o rosto dela confuso e assustado – agora arrume essa bagunça e venha até a minha sala. Tenho um trabalho para você fazer.
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