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Capítulo 27 - o filho secreto do bilionário

O filho secreto do bilionário
O filho secreto do bilionário

Benjamim entrou no escritório esperando Antonela, mas ela demorou demais. Ele ficou impaciente e, quando girou para ir atrás dela, se chocou com Antonela. 



Ficou perto demais. O rosto dela ficou vermelho e ele abaixou todas as guardas. Percebendo o que acontecia, Antonela deu um passo atrás e se afastou de Benjamim, abaixando a cabeça em seguida. 


Ele tentou imaginar o que ela pensava. Continuou observando sem perceber o tempo passar. Quando Antonela foi constrangida pelo silêncio, voltou o olhar em direção a ele e disse em seguida: 


— Vai me dizer o quer comigo? – as palavras dela fizeram ele voltar à realidade e se vestir novamente com sua armadura – disse ter um trabalho para mim. 


— Eu quero saber o motivo do porquê você foi embora ontem sem minha permissão. 


Pensando em tudo o que havia acontecido na noite anterior, ela ficou preocupada imediatamente. Agora, de pé em frente a ele, Antonela estava com vergonha, mas fingia estar calma. 


— Peço desculpas pelo meu erro – Benjamim ergueu as sobrancelhas e olhou para ela, confuso – eu tive um problema no meu relógio hormonal e tive que me apressar e voltar para casa. 


— Relógio? – indagou, achando que Antonela brincava com a situação. 


— O senhor quer mesmo que eu explique sobre os ciclos menstruais de uma mulher? – ele abriu os lábios em espanto – meu vestido ficou manchado de sangue. O senhor não queria que eu passasse essa vergonha na frente de todos, não é mesmo? 


Benjamim pigarreou e seu rosto ganhou contrastes de constrangimento. Antonela precisou se conter para não rir da enorme mentira que contava a ele naquele exato momento. Quem olhasse para a situação por outro angulo, certamente concluiria que Antonela havia feito de caso pensado, mas ela inventou todo aquele drama repentinamente. Foi a primeira coisa que surgiu em sua mente. 


— Deveria ter me avisado – em contraste com Antonela, claramente se divertindo da situação, Benjamim ainda estava perdido – eu mesmo teria levado você em casa ou ajudado você a resolver esse problema. 


— Você é homem e homens não entendem dessas coisas – Benjamim riu dela sem perceber que Antonela quebrava todas suas objeções – além disso, você tinha a reunião para a qual se preocupar. Eu lamento muito não poder ter estado lá. 


Benjamim gostou do que ela disse e da maneira como as palavras dela acalmaram a tempestade dentro do seu coração. Agora parecendo ser mais íntimos, eles se aprofundaram na conversa, querendo saber um pouco mais. 


— Como foi sua conversa com o seu pai? – o semblante no rosto de Antonela se modificou. 


— Horrível – respondeu imediatamente – e eu peço que não faça mais isso. Já ficou claro que o Henrico não me quer por perto. Eu já deixei de ser a filha dele há muito tempo. 


— Eu só queria ajudar – olhou nos olhos dela profundamente e então se lembrou do motivo pelo qual pedira para ela ir até ali – nem mesmo o Henrico sabe onde você mora. Preciso dessa informação, Antonela. 


— E por que precisa? – Antonela fingiu estar calma e cruzou os braços. Ela olhou para ele e continuou em um tom ácido – eu não vou contar a ninguém onde estou morando, Benjamim nem mesmo para você. E se quiser me demitir por isso fique à vontade. 


Obviamente, as palavras de Antonela o irritaram, transformando novamente o clima entre eles em algo ruim. Percebendo que Antonela não cederia, ele se afastou e caminhou até uma enorme pilha de documentos. Os pegou e levou até elas, deu para ela segurar, ordenando em seguida. 


— Quero todos esses relatórios prontos até o final do dia – sua voz ganhou novamente um tom autoritário e arrogante – e independente se o expediente acabar ou não, você vai terminá-los e depois vai levá-los até a minha casa. 



— O quê? – Antonela teve vontade de pegar todos aqueles papéis e jogar em cima dele – nem mesmo eu explicando para você por que tive que ir embora, continua me castigando. 


O tom dela agora demonstrava irritação e seu rosto se contorceu. Antonela sentia desprezo por Benjamim por agir cruelmente só porque ela não queria dizer a ele onde morava. 


— Eu sou seu chefe, Antonela – se aproximou dela e a única coisa que os separava era o amontoado de papéis que ela segurava – e você tem que obedecer às minhas ordens sem contestar. 


Agora ela estava vermelha de raiva. Queria pedir demissão, então lembrou-se de Adam e do quanto ele precisava que ela tivesse um emprego para sustentá-lo. Benjamim nem sequer merecia ser pai daquela criança.  


Ela forçou um sorriso e se preparou para partir. Discutir com ele era inútil, ele sempre venceria aquela guerra. 


— Como o senhor quiser – ela disse forçando simpatia – deseja mais alguma coisa? 


— Não, já pode se retirar – ele virou as costas para ela e não viu o momento em que Antonela partiu. 


Quando ela saiu do escritório, aqueles olhos bonitos e intenso ainda estava em sua mente. Antonela sentiu seus batimentos cardíacos acelerando no peito e decidiu se apressar para termina aquilo o mais rápido possível. 


Estava concentrada nos documentos quando sentiu sua barriga gemer de fome. Olhou no relógio e percebeu ser a hora do almoço. Fingiu não ver benjamim quando ele saiu do escritório para almoçar e só quando estava livre do olhar dele pode finalmente descansar alguns minutos. 


— Vim chamar você para almoçar - a voz de Dominique ecoou em suas costas. 


— Não posso ir – instalou os lábios quando se debruçou novamente sobre suas tarefas – Benjamim exigiu que eu termine esses relatórios ainda hoje.  


— Isso é muita coisa, Antonela – Dominique analisou tudo, tendo até pena da pobre amiga – ele estava realmente com muita raiva quando pediu para você fazer isso. 


— Ele é um demônio – disse com os dentes cerrados – não quero atrapalhar seu almoço, desde que você traga algo para eu comer. 


Dominique concordou e saiu para almoçar. Logo, Antonela se viu sozinha na empresa e o tédio só não a consumiu porque a pilha de papéis serviu como impedimento. Os minutos se arrastavam lentamente e Antonela considerou uma eternidade Dominique não voltar com sua refeição. 


Ela sentia que morreria de fome. Ouviu o elevador se abrir e acreditou ser Dominique, mas levou um enorme susto quando viu Dante caminhando na sua direção com sacolas em punho. 


Ela se levantou apressadamente e podia-se ver um leve rubor em seu rosto. 


— Senhor governador – ela sorriu para ele – o benjamim não está, ele provavelmente saiu para almoçar. 


— Eu não vim ver o Benjamim – ele disse, depositando as sacolas sobre a mesa dela – encontrei a sua amiga no percurso e ela me disse que você ainda não havia almoçado. Pensei em convidá-la para sair comigo, mas ela disse que você estava concentrada no trabalho e que negaria meu convite. Por isso trouxe isso para você. 


Antonela mal podia acreditar que o governador do estado havia trazido comida para ela almoçar. O aroma fez a barriga dela se contorcer. 


— Obrigada, senhor – ela sorriu enquanto era dominada pela vergonha – achei que não estava mais na cidade. 


— Não me chame de senhor, Antonela – ele puxou uma cadeira e se sentou em frente a ela – eu não poderia ir embora sem antes me despedir de você. 


Ela se calou imediatamente. Dante se calou enquanto observava ela almoçar. Quando benjamim chegou à empresa e viu Dante cortejando Antonela, quis desfazer todos os negócios que havia firmado com o governador apenas para não ver ele próximo dela. 


Agora parecia tarde demais. Dante já estava interessado em Antonela.


Continue lendo o filho secreto do bilionário.



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