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Capítulo 28 - o filho secreto do bilionário

Atualizado: 27 de nov.

O filho secreto do bilionário
O filho secreto do bilionário

Passos lentos, a sola do sapato batendo no piso ecoava pelas salas vazias. Antonela conseguia até mesmo ouvir a respiração de Benjamim enquanto ele se aproximava, com os olhos fincados nos dela. A comida que ela mastigava há minutos atrás ficou presa na garganta e ela precisou urgentemente de água. 



Levantou-se apressada e foi caminhando desajeitadamente até o bebedouro. Não viu quando Dante se levantou para cumprimentar Benjamim com um sorriso sincero.  


Quando voltou a mesa, Dante explicava a Benjamim que havia vindo se despedir de Antonela, porque estaria voltando para a capital naquela mesma tarde. 


“Que ele não volte nunca mais a pisar os pés nessa cidade.” Pensou Benjamim com um semblante sério enquanto olhava com reprovação para Antonela.  


— Vamos até a minha sala para conversarmos um pouco – Benjamim o convidou com a única intenção de afastar Dante de perto de Antonela. Ele também era bom em fingir simpatia.  


O governador não percebeu suas intenções e olhando para Antonela quis se despedir, mas o som alto do telefone tocando sobre a mesa dela rompeu o momento final. Ela abaixou o olhar agradecendo por se livrar daquele momento constrangedor, sem imaginar que estava se colocando em outro grande problema. 


— Antonela – a voz do outro lado da linha fez o coração de Antonela disparar desesperadamente – a Dominique me deu esse número para falar com você caso algo acontecesse. 


O coração de Antonela afundou no peito e ela ficou branca ou ouvi a voz de Carmélia. 


— O que aconteceu com o Adam? – Ela sussurrou ao perceber a secretaria de Benjamim se aproximar e fincar os olhos nela desconfiada. 


— Ele voltou a ter febre – ela disse – não quer comer e eu não tenho nenhum remédio que possa dar para ela. 


Antonela se desesperou, era nítido em seu rosto. Já estava pronta para largar tudo o que estava fazendo quando avistou Dominique se aproximar sorridente ao lado de Adolf.  


Ela agarrou pelo braço de Dominique obrigando-a parar ao seu lado. Adolf olhou com tristeza para Antonela como se ela tivesse esmagado seu coração e saiu em seguida. Embora na superfície, Dominique fingisse não ter atração por um colega de trabalho, ela secretamente estava saindo com Adolf bem antes de Antonela ir trabalhar na empresa.  


Ela não tinha nada a ver com sua vida amorosa, mas as regras deixavam claras as proibições sobre qualquer relacionamento amoroso entre os funcionários. 


— Está brava por eu não ter trazido o seu almoço? – ela olhou assustada para Antonela e seus olhos caíram sobre a comida sobre a mesa – achei que você iria gostar de ver o governador uma segunda vez. 


— Tudo bem, Carmélia – os olhos de Dominique se arregalaram – A Dominique está indo até aí socorrê-la. 


Observou Antonela desligar o telefone e olhar para ela com desespero antes de arrastá-la até a sala da cafeteria e trancar as duas ali dentro. 


— O Adam está com febre novamente – ela passou a mão no rosto – o Benjamim quer que eu trabalhe até tarde para compensar o que fiz ontem à noite, mas eu não posso ficar aqui enquanto meu filho precisa de mim. 


— Você já está na beira do precipício – Dominique passou a caminhar de um lado a outro na pequena sala – eu vou comprar o remédio e levo até minha mãe.  


— Que desculpa vamos dar ao demônio do nosso chefe? – sentindo seu coração enlouquecer no peito, ela disse aquilo com todo o ódio que podia sentir. 


— Não fale assim dele, Antonela – Dominique saiu na defesa de Benjamim – eu vou dizer que minha mãe está morrendo e precisa ir ao hospital. Mas você ficará aqui, porque perdendo esse emprego não ajudará o Adam em nada. 


— Prometa que vai cuidar bem do meu filho – segurou nos dois braços de Dominique forçando-a a olhar em seus olhos marejados. 


— Eu prometo – Dominique a abraçou. 


Em seguida saiu da sala em passos apressados na direção a sala de Benjamim. 



A secretaria gesticulava com ela que Benjamim estava em uma reunião importante com o governador, o que era uma grande mentira, para que Dominique não entrasse na sala, mas ao ouvir os gritos da mulher, Benjamim logo apareceu para entender o que acontecia.  


Ela rapidamente correu na direção dela e com lagrimas descendo sobre o seu rosto, suplicou a Benjamim. 


— Preciso da sua permissão para sair – juntou as duas mãos em súplica – minha mãe passou mal e precisa de mim para levá-la ao hospital imediatamente. 


Benjamim olhou para Antonela e soube que tinha algo de errado em toda aquela história. Por outro lado, Dominique realmente parecia estar com grandes problemas e depois de tanto tempo trabalhando para ele, não seria um sacrifício dar a ela um dia de folga. 


— Pode ir cuidar da sua mãe Dominique – Antonela olhou para ele admirada pela facilidade que ele havia concedido o pedido.  


Benjamim certamente estava se fazendo de bom moço apenas por estar ao lado do governador e logo sua admiração se esvaziou. Ela sentiu o olhar quente de Dominique sobre ela quando observou ela sair apressada da empresa para socorrer o pequeno Adam.  


Com Dominique indo cuidar de Adam e Benjamim voltando para o escritório na companhia do governador, ela pode se sentar e voltar ao trabalho, mas foi impossível se concentrar sabendo que seu filho estava precisando dela e ela não podia estar ao lado dele para ajudá-lo. 


A culpa a consumiu e só depois de muitos esforços ela voltou a refazer os relatórios o mais rápido que conseguiu. 


Dante se despediu dela rapidamente sob o olhar atendo de Benjamim. Ele parecia vigiar sua vida a cada segundo, como se esperasse apenas um pequeno deslize para castigá-la. 


O governador entregou a ela o seu cartão prometendo que eles se veriam muito em breve. A notícia não agradou a Benjamim.  


Mas Antonela não estava atenta a nada disso. Ela se debruçou sobre os papéis e trabalhou o dia inteiro sem tirar nenhum intervalo. Ela queria terminar antes do anoitecer para ir para casa ver Adam e cuidar dele como qualquer mãe faria. Recebeu uma mensagem de Dominique dizendo que a febre havia cessado e que Adam dormia tranquilamente, ainda assim ela não descansou. 


O expediente terminava e os funcionários iam indo embora até que apenas Antonela e Benjamim restasse. Quando ele se preparava para ir embora também, ela apareceu em sua frente segurando todos os relatórios e entregando a ele. 


— Eu fiz o que o senhor pediu – ela descansou os documentos nos braços dele, enquanto recebia um olhar julgador. 


— Você concluiu todos? – ele não conseguia acreditar que ela havia terminado tão cedo. 


— Pode conferir nos arquivos online da empresa, estão todos lá - ela disse com urgência. Antonela queria sair dali o mais rápido possível – e caso esteja faltando algum, pode dobrar meu expediente amanhã.  


Quando se virou para ir até sua mesa e pegar seus pertences, viu Alessia parada atrás dela, com um sorriso cínico no rosto. Ignorando completamente a presença de Antonela, passou por ela e se jogou nos braços de Benjamim, o beijou nos lábios propositalmente para provocar Antonela. 


— Você disse que sairíamos para jantar – sua voz era dengosa e Antonela se surpreendeu que aquilo não irritasse Benjamim. 


Sem muito tempo para perder com cenas que despertavam sentimentos ruins em seu coração, Antonela girou os calcanhares e partiu. Alessia ficou observando a irmã entrar no elevador e desaparecer. 


— Eu não posso jantar com você hoje, Alessia – ele disse se afastando – preciso conferir esses documentos. 


Ela achou a atitude dele muito estranha. Afinal, Benjamim continuava parado, olhando para o lugar vazio onde Antonela esteve minutos atrás, como se sentisse um enorme vazio no peito. Minutos depois, Benjamim voltou para o escritório, deixando Alessia sozinha em frente à sua sala, com o coração explodindo no peito. Olhou para trás, para o lugar de onde Antonela havia saído e foi na mesma direção.  


Estava disposta a seguir Antonela e descobrir seus segredos.


Continue lendo o filho secreto do bilionário.



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