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Capítulo 37 - o filho secreto do bilionário

O filho secreto do bilionário
O filho secreto do bilionário

Quando as portas do elevador se fecharam com Antonela dentro, Benjamim sentiu outro nó sufocando sua garganta. Ele mal podia acreditar que quase beijou ela na frente da atual noiva.  



O que estava acontecendo com ele, afinal? Por que Antonela mexia tão profundamente com os seus sentimentos mais secretos? Por que ele não conseguia deixar de pensar nela desde o dia em que dormiram juntos? 


Mas Antonela o desprezava e ele estava noivo da irmã mais nova dela. 


Não tinha como aquilo dar certo. Ele queria acabar com isso o mais rápido possível. Enquanto ele pensava nisso, algo continuava a puxá-lo, uma voz aguda ecoando em sua cabeça, implorando para que ele se explicasse. 


— O que você pretendia fazer, Benjamim? – ele foi obrigado a se virar para olhá-la, mas o que Benjamim queria era fugir dos escândalos de Alessia – estava tentando beijar a Antonela? 


Alessia se aproximou dele, com os calcanhares levantados do chão polido. Benjamim olhou para cima, fechando os olhos, em seguida pensando na melhor maneira de resolver aquilo. 


Ele não disse nada, não havia por que explicar aquilo à Alessia. 


— Responda o que perguntei, Benjamim? – Quando finalmente o olhar dele recaiu sobre ela, Alessia se lembrou o quanto Benjamim odiava ser pressionado. 


Ele reprimiu toda a sua vontade de brigar com ela, e então mudou a rota. 


— Como está o seu pai? – a pergunta não fazia o menor sentido e Alessia até riu de desespero. 


— Você sabe como o Henrico está – Benjamim então percebeu que ela não desistiria tão facilmente de saber toda a verdade. Era hora de virar o jogo.  


— Responda-me uma coisa, Alessia – ele enfiou as mãos no bolso e lançou um olhar afiado e questionador à noiva – por que você disse ao Henrico que pedi para você perseguir a Antonela? Que tipo de jogo é esse? 


Foi nesse momento que Alessia se arrependeu de ter pressionado Benjamim. Seu rosto tornou-se pálido e a garganta seca a obrigou a engolir cada gota de saliva que surgia em sua boca.  


Ela sabia que precisava contar outra mentira para escapar dessa, porque se recusava a contar a verdade a Benjamim. Ele jamais saberia, ao menos não pelos lábios dela, que Antonela tivera um filho dele. 


— Encontrei a Antonela casualmente saindo do hospital – disse, sentindo o sangue parar de circular pelo corpo – ela acha que todo mundo a persegue e então foi até a minha casa nessa manhã exigir uma explicação e eu tive que mentir. 


— O quê? - ele forçou um sorriso, enquanto seu estomago revirava de indignação – A Antonela certamente foi ao hospital visitar a mãe da Dominique e você não tinha que me meter nas suas mentiras. 


O modo rude como ele disse a última frase demonstrou a ela o quanto Benjamim não tolerava aquela atitude e o quanto Alessia havia errado. Observou-o se afastar, caminhando em direção ao elevador. Alessia correu, colocando o corpo na frente dele para impedi-lo de prosseguir. 


— Por favor, me perdoe – ela agarrou seus braços com força, sentindo-se entorpecida enquanto lagrimas brotavam de seus olhos – eu não suporto mais ver a Antonela próximo a você. Desde o dia que ela chegou nessa cidade, tudo piorou entre nós dois. 



— A culpa não é da Antonela e você sabe disso – enquanto pronunciava as palavras, evitou o contato visual – você que está o tempo todo inventando mentiras para me manter perto de você. Primeiro inventou que Antonela tinha deficiência só para que eu não me casasse com ela, e agora diz que eu a persigo. 


Ouvindo-o dizer essas coisas, Alessia o abraçou. Embora seus braços não conseguissem o envolver completamente, ela recostou a cabeça sobre o seu peito na esperança de que aquilo acalmasse os ânimos de Benjamim. Ele havia permanecido ao lado dela durante todos aqueles anos, mesmo sabendo de suas mentiras. Por que a situação mudaria agora? 


— A noite em que passamos juntos foi incrível – ela disse isso com os olhos fechados e sorriu, quando flashes de memória atravessou sua mente. 


Benjamim ignorou as palavras amorosas de Alessia e, então, segurando pelos braços dela, a afastou. 


— Eu não posso mais continuar com isso – seu olhar era gélido e sua voz não esboçava nenhuma emoção. 


— O que está querendo dizer? – a voz saiu abafada pelo choro que nascera em seu peito. Os olhos de Alessia agora estavam inundados ao mesmo tempo, em que ela pensava sobre o que aquilo significaria. 


— Não posso me casar com você Alessia. 


Uma dor aguda perfurou o coração de Alessia e sua visão ficou turva, como se alguém a estivesse empurrando para o abismo e a jogando lá de cima, direto para a morte. Por um momento, ela não aceitou acreditar e até sorriu da declaração de Benjamim, mas ao olhar nos olhos dele, percebeu que ele estava seguro do que dizia. 


— Por quê? – ela precisou segurar o choro para não desabar diante dele como uma menina mimada – você não pode estar falando sério, Benjamim. 


Ele pausou por um momento questionando se não estava sendo cruel demais com os sentimentos dela, mas como ele daria aos seus futuros filhos uma mãe tão mentirosa e mimada quanto Alessia Bianchi? Ele não queria o gene dela circulando nas veias dos herdeiros de sua família. 


Embora essa não fosse realmente toda a verdade. 


— Foi por esse motivo que Henrico veio para o hospital – ajeitou o paletó sem olhar nos olhos dela – eu disse a ele que não queria mais me casar com você e, mesmo ele estando aqui, eu não mudarei de opinião.  


Uma dor insuportável a fez tremer e morder os lábios, ela deixou as lágrimas finalmente descerem. O que Benjamim estava fazendo com ela era cruel, mas ele estava enganado se achava que ela desistiria tão facilmente.  


— Você quase matou o meu pai e, pelo visto, está querendo me matar também. 


— Não diga bobagens, Alessia – ele revirou os olhos e depois voltou a se aproximar. Talvez sendo um pouco mais calmo em sua declaração, ela compreendesse o fim – você precisa entender que um casamento entre nós dois não daria certo. Somos incompatíveis. 


— Achei que você se casaria comigo apenas para ter filhos – ao ouvir isso, o olhar de Benjamim tornou-se frio, mas Alessia não ficou em silêncio – não é isso que sua família tanto quer, herdeiros para a sua fortuna? 


O rosto dele mudou drasticamente com a declaração dela. 


— Ter herdeiros é o que minha família quer, mas eu não os terei com você – finalmente ele girou os calcanhares para partir – fique aí cuidando do seu pai, porque o nosso vínculo termina aqui. 


Benjamim caminhou em direção ao elevador, dessa vez sem ser interrompido por ela novamente. Ele não suportou mais prolongar aquela conversa. Quando se virou para olhá-la pela última vez, viu uma mulher paralisada e com o rosto encharcado de lágrimas.  


A porta do elevador se fechou e ele não viu quando Alessia foi tomada pela escuridão e caiu desacordada no corredor do hospital.


Continue lendo o filho secreto do bilionário.



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